Rafaela Mezzomo

Contraceptivos curam doenças?

Os contraceptivos hormonais, como as pílulas anticoncepcionais, podem ser usados no tratamento de algumas condições ginecológicas, mas não são considerados uma cura definitiva para essas doenças.

Eles podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a progressão de certas condições, mas não eliminam a doença em si.

Alguns exemplos de condições ginecológicas que podem ser tratadas com contraceptivos hormonais incluem:

🔸Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
🔸Endometriose
🔸Menorragia (sangramento menstrual excessivo)

No entanto, é importante ressaltar que o uso de contraceptivos hormonais como tratamento para doenças ginecológicas deve ser discutido com sua ginecologista.

Ela levará em consideração a condição específica, a gravidade dos sintomas, histórico médico e outras variáveis individuais para determinar a melhor abordagem.

Existem outras opções de tratamento disponíveis para várias condições, como medicamentos específicos, cirurgia ou terapias complementares.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Descolamento de placenta é possível evitar?

O descolamento da placenta é uma condição grave e potencialmente perigosa durante a gravidez, na qual a placenta se separa parcial ou totalmente da parede uterina antes do nascimento do bebê.

Infelizmente, geralmente, o descolamento de placenta não pode ser prevenido, pois muitas vezes ocorre de maneira imprevisível.

No entanto, há alguns fatores de risco conhecidos, e algumas medidas podem ser tomadas para reduzir esses riscos:

🔸Evitar o tabagismo e o consumo de álcool
🔸Controlar a pressão arterial
🔸Tratar condições médicas subjacentes, como hipertensão, diabetes e distúrbios de coagulação sanguínea.
🔸Evitar atividades que possam resultar em impacto abdominal.
🔸Manter o pré-natal em dia
🔸Evitar o uso de drogas ilícitas

Embora essas medidas possam ajudar a reduzir as chances, é fundamental considerar que o descolamento da placenta ainda pode acontecer.

Se a gestante apresentar sintomas de descolamento de placenta, como sangramento vaginal intenso ou dor abdominal, ela deverá procurar atendimento médico imediatamente.

O diagnóstico precoce é essencial para melhorar os resultados para a mãe e o bebê.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

É normal ter sangramento após a inserção do DIU?

Se você acabou de colocar o DIU e notou algum sangramento, fique tranquila: isso pode acontecer com algumas mulheres.

O sangramento irregular pode ocorrer nas primeiras semanas após a inserção, já que o útero está se adaptando ao novo dispositivo.

Esse sangramento é geralmente leve, mas pode ser semelhante ao fluxo menstrual em alguns casos.

O que esperar?

🔸️DIU de cobre: pode causar sangramento mais intenso nos primeiros meses.
🔸️DIU hormonal (Mirena ou Kyleena): pode levar a sangramentos irregulares no início, mas tende a diminuir ao longo do tempo, até mesmo cessando em alguns casos.

A boa notícia é que a maioria das mulheres nota uma redução significativa do sangramento ou mesmo a ausência dele após os primeiros 3 a 6 meses de adaptação.

Se o sangramento for intenso ou prolongado, é sempre bom conversar com sua ginecologista para descartar outras causas e garantir que tudo esteja bem!

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Posso usar DIU no pós-parto?

Toda gestante tem dúvidas sobre qual contraceptivo usar após o parto, geralmente por conta da amamentação.

Alguns contraceptivos, realmente, não são indicados nesta fase, por isso a gestante não deve se automedicar por conta própria.

Os dispositivos intrauterinos (DIU), tanto o de cobre quanto o hormonal, são considerados altamente eficazes e seguros e não afetam a amamentação.

Inclusive, ele pode ser colocado logo após o parto.

No geral, há um intervalo de, no mínimo, seis meses entre gestações, por isso o ideal é começar a usar algum método contraceptivo logo após o parto.

O procedimento de colocação do dispositivo pós-parto é simples e rápido, podendo ser realizado 10 minutos após a saída da placenta ou até 48 horas após o parto.

Após esse prazo, é preciso aguardar pelo menos 4 semanas.

O procedimento é praticamente indolor e sem nenhuma complicação quando é feito no pós-parto normal e pós-cesariana.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Gestante pode comer sushi?

Na verdade, não é proibido consumir este tipo de refeição, mas a ressalva está nas carnes cruas e mal passadas, que podem gerar contaminação por bactérias, intoxicação alimentar e até doenças como a toxoplasmose.

Embora o sushi não transmita toxoplasmose, pode disseminar a difilobotríase. Por isso, deve ser evitado na gravidez.

Por ser uma carne crua, há possibilidade de contaminação e dificuldade em ter certeza de sua boa procedência e manuseio adequado.

Na gravidez, é preciso tomar alguns cuidados ao ingerir peixes, evitando os crus e mal passados e apostando em versões bem assadas ou bem cozidas.

Isso porque a maioria das bactérias, vírus e parasitas maléficos são eliminados com altas temperaturas. Isso vale também para outros tipos de carnes e frutos-do-mar.

E qualquer dúvida sobre alimentos ou bebidas que pode ou não consumir, converse com sua obstetra, combinado!?

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Novembro Roxo: Mês de conscientização sobre a prevenção da prematuridade

Estamos em Novembro Roxo, um mês dedicado a falar sobre a prevenção do parto prematuro e o cuidado com nossos pequenos guerreiros que chegam antes do tempo.

No Brasil, cerca de 12% dos bebês nascem prematuros , segundo dados da OMS, o que coloca o país entre os dez com maiores índices de prematuridade no mundo.

O que pode levar ao parto prematuro?

Fatores como infecções, hipertensão, diabetes gestacional e até múltiplas gestações aumentam o risco de prematuridade.

Cuidar da saúde durante a gestação é o primeiro passo para diminuir esses riscos!

E aqui entra o papel do pré-natal: exames regulares e orientações médicas são essenciais para acompanhar de perto o desenvolvimento do bebê.

Neste mês, vamos nos unir para dar voz à importância da prevenção e ao cuidado com os bebês prematuros e suas famílias. Cada dia de gestação faz diferença!

Compartilhe este post e ajude a divulgar essa informação tão importante. Juntos, podemos promover a conscientização e apoiar a causa! ✨

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Chás liberados na gestação!

Tudo que a gestante consome ou usa na pele gera muitas dúvidas e frequentemente me perguntam no consultório.

E uma das perguntas mais frequentes é sobre os chás, pois nem todos são seguros para as grávidas.

Alguns chás contêm substâncias que podem passar para o bebê pela placenta e causar efeitos adversos na gravidez.

Os chás de frutas(maçã, limão, abacaxi, pêra, entre outras), são considerados seguros para as gestantes e ainda, o chá de hortelã-pimenta e a infusão de gengibre podem ajudar a reduzir as náuseas e controlar os vômitos no primeiro trimestre.

Já os chás ou bebidas que contenham cafeína(inclusive chimarrão e refrigerantes), como o chá-preto e chá de hibisco, devem ser evitados.

Chás podem ser considerados inofensivos, mas durante a gestação é preciso ter atenção, tá bem?!

Se tiver dúvidas, converse com sua obstetra antes de consumir qualquer chá que não esteja na lista acima.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Setembro em Flor: A Importância da Prevenção dos Tumores Ginecológicos

Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a saúde da mulher, especialmente no que diz respeito aos tumores ginecológicos. 

A campanha “Setembro em Flor” busca alertar e educar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças como câncer de colo de útero, ovário e outros.

Assim como uma flor precisa de cuidados para florescer, a saúde feminina requer atenção regular. 

Consultas periódicas, exames preventivos e o acompanhamento de sintomas são fundamentais para detectar qualquer anormalidade ainda no início, aumentando as chances de tratamento eficaz.

Neste mês, reflita sobre a importância de cuidar da sua saúde e incentive outras mulheres a fazerem o mesmo. Prevenir é sempre o melhor caminho!

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Aleitamento materno e o câncer de mama

A amamentação é frequentemente celebrada por seus inúmeros benefícios para o bebê, mas você sabia que ela também oferece proteção significativa para as mães contra o câncer de mama? 

Pesquisas recentes destacam que mulheres que amamentam têm um risco reduzido de desenvolver essa doença ao longo da vida.

O que a ciência diz?

De acordo com um estudo publicado em 2023 pela American Cancer Society, amamentar por pelo menos seis meses pode diminuir o risco de câncer de mama em até 20%. Esta proteção aumenta com a duração da amamentação. 

O World Cancer Research Fund International também apoia essa afirmação, observando que a amamentação reduz os níveis de estrogênio no corpo da mulher, um hormônio que, quando em excesso, está associado a um aumento no risco de câncer de mama.

Além disso, a amamentação promove a renovação das células mamárias, contribuindo para a remoção de células com danos no DNA que poderiam levar ao desenvolvimento de tumores. 

Outro estudo, publicado no Journal of Clinical Oncology em 2024, mostrou que mulheres que amamentaram têm menor risco de desenvolver câncer de mama do tipo triplo-negativo, uma forma agressiva e difícil de tratar da doença.

Como a amamentação oferece proteção?

  1. Alterações Hormonais: Durante a amamentação, o corpo da mulher produz menos estrogênio, hormônio ligado ao crescimento de alguns tipos de câncer de mama.
  2. Desprendimento Celular: A renovação das células mamárias durante a lactação pode ajudar a eliminar células potencialmente cancerígenas.
  3. Mudanças no Tecido Mamário: A amamentação altera a estrutura das células mamárias, tornando-as mais resistentes a mutações que podem levar ao câncer.
  4. Estilo de Vida Saudável: Mulheres que amamentam tendem a adotar hábitos de vida mais saudáveis, como uma dieta equilibrada e controle de peso, que também são fatores de proteção contra o câncer.

Importância para a Saúde Pública

Promover a amamentação não só é vital para a saúde das crianças, mas também para a saúde das mulheres. Instituições de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil, incentivam a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida do bebê e sua continuidade, juntamente com alimentos complementares, até os dois anos ou mais.

A amamentação, além de ser uma escolha natural e nutriente para o bebê, se apresenta como uma aliada poderosa na prevenção do câncer de mama, reforçando a importância de apoiar as mães em sua jornada de amamentação. 

Portanto, o aleitamento materno deve ser incentivado não apenas pelos seus benefícios imediatos, mas também pelas suas vantagens a longo prazo para a saúde da mulher.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)


Referências:

  1. American Cancer Society (2023). Breastfeeding and Breast Cancer Risk.
  2. World Cancer Research Fund International. Breastfeeding and cancer risk.
  3. Journal of Clinical Oncology (2024). The Impact of Breastfeeding on Triple-Negative Breast Cancer.

Até que semana o bebê vira para o parto normal?

A posição cefálica, em que o bebê está com a cabeça voltada para baixo, é a mais comum e ideal para o parto normal. 

Normalmente, os bebês começam a se mover para essa posição entre a 32ª e a 36ª semana de gestação. 

Geralmente, por volta da 37ª semana, aproximadamente 97% dos bebês já se encontram na posição cefálica.

O período entre a 32ª e a 36ª semana é crucial para essa mudança, pois o espaço no útero começa a ficar mais restrito à medida que o bebê cresce, incentivando-o a se posicionar preferencialmente para o nascimento. 

No entanto, alguns bebês podem virar mais tarde, até a 38ª semana, enquanto outros podem permanecer em posição pélvica (sentados ou de lado), até o nascimento.

E quando o bebê não vira?

A partir da 37ª semana, é importante que a mãe converse com o obstetra para avaliar a posição do bebê e discutir as opções, caso ele não esteja na posição cefálica. 

Se o bebê continuar em posição pélvica ou transversal até o final da gestação, o obstetra pode recomendar uma cesariana como opção mais segura.

Conclusão

A posição cefálica é essencial para o parto vaginal seguro. 

Felizmente, a maioria dos bebês se ajusta naturalmente para essa posição a tempo, permitindo um parto normal. 

É sempre importante manter um acompanhamento obstétrico regular e os ultrassons durante o pré-natal para monitorar a posição e o desenvolvimento do bebê, garantindo um nascimento seguro.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

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