Saúde da Mulher

Setembro em Flor: A Importância da Prevenção dos Tumores Ginecológicos

Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a saúde da mulher, especialmente no que diz respeito aos tumores ginecológicos. 

A campanha “Setembro em Flor” busca alertar e educar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças como câncer de colo de útero, ovário e outros.

Assim como uma flor precisa de cuidados para florescer, a saúde feminina requer atenção regular. 

Consultas periódicas, exames preventivos e o acompanhamento de sintomas são fundamentais para detectar qualquer anormalidade ainda no início, aumentando as chances de tratamento eficaz.

Neste mês, reflita sobre a importância de cuidar da sua saúde e incentive outras mulheres a fazerem o mesmo. Prevenir é sempre o melhor caminho!

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Aleitamento materno e o câncer de mama

A amamentação é frequentemente celebrada por seus inúmeros benefícios para o bebê, mas você sabia que ela também oferece proteção significativa para as mães contra o câncer de mama? 

Pesquisas recentes destacam que mulheres que amamentam têm um risco reduzido de desenvolver essa doença ao longo da vida.

O que a ciência diz?

De acordo com um estudo publicado em 2023 pela American Cancer Society, amamentar por pelo menos seis meses pode diminuir o risco de câncer de mama em até 20%. Esta proteção aumenta com a duração da amamentação. 

O World Cancer Research Fund International também apoia essa afirmação, observando que a amamentação reduz os níveis de estrogênio no corpo da mulher, um hormônio que, quando em excesso, está associado a um aumento no risco de câncer de mama.

Além disso, a amamentação promove a renovação das células mamárias, contribuindo para a remoção de células com danos no DNA que poderiam levar ao desenvolvimento de tumores. 

Outro estudo, publicado no Journal of Clinical Oncology em 2024, mostrou que mulheres que amamentaram têm menor risco de desenvolver câncer de mama do tipo triplo-negativo, uma forma agressiva e difícil de tratar da doença.

Como a amamentação oferece proteção?

  1. Alterações Hormonais: Durante a amamentação, o corpo da mulher produz menos estrogênio, hormônio ligado ao crescimento de alguns tipos de câncer de mama.
  2. Desprendimento Celular: A renovação das células mamárias durante a lactação pode ajudar a eliminar células potencialmente cancerígenas.
  3. Mudanças no Tecido Mamário: A amamentação altera a estrutura das células mamárias, tornando-as mais resistentes a mutações que podem levar ao câncer.
  4. Estilo de Vida Saudável: Mulheres que amamentam tendem a adotar hábitos de vida mais saudáveis, como uma dieta equilibrada e controle de peso, que também são fatores de proteção contra o câncer.

Importância para a Saúde Pública

Promover a amamentação não só é vital para a saúde das crianças, mas também para a saúde das mulheres. Instituições de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil, incentivam a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida do bebê e sua continuidade, juntamente com alimentos complementares, até os dois anos ou mais.

A amamentação, além de ser uma escolha natural e nutriente para o bebê, se apresenta como uma aliada poderosa na prevenção do câncer de mama, reforçando a importância de apoiar as mães em sua jornada de amamentação. 

Portanto, o aleitamento materno deve ser incentivado não apenas pelos seus benefícios imediatos, mas também pelas suas vantagens a longo prazo para a saúde da mulher.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)


Referências:

  1. American Cancer Society (2023). Breastfeeding and Breast Cancer Risk.
  2. World Cancer Research Fund International. Breastfeeding and cancer risk.
  3. Journal of Clinical Oncology (2024). The Impact of Breastfeeding on Triple-Negative Breast Cancer.

infertilidade

Quais doenças podem causar infertilidade na mulher?

Primeiro de tudo: Sentir DOR nunca é normal.

Então nunca subestime dores recorrentes, pois algumas doenças do aparelho reprodutor feminino que podem causar dores pélvicas e cólicas e, se não tratadas, podem resultar em infertilidade.

Endometriose

Esta condição ocorre quando o tecido que normalmente reveste o interior do útero começa a crescer fora do útero. Isso pode levar a dores intensas durante a menstruação, relações sexuais e outros momentos do ciclo menstrual. 

A endometriose pode afetar a função dos ovários e das trompas de Falópio, levando à infertilidade.

Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

É uma infecção dos órgãos reprodutivos superiores da mulher, como útero, trompas de Falópio e ovários. 

Geralmente é causada por bactérias sexualmente transmissíveis não tratadas, como clamídia e gonorreia. 

Se não tratada, pode levar a cicatrizes e danos nos órgãos reprodutivos, resultando em infertilidade.

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

Uma condição em que os ovários desenvolvem pequenos cistos benignos. 

Além de causar cólicas e dores pélvicas, a SOP pode levar a desequilíbrios hormonais que interferem na ovulação e, consequentemente, na fertilidade.

Miomas uterinos

Estes são tumores não cancerosos que se desenvolvem no útero. 

Dependendo do tamanho e localização, os miomas podem causar cólicas intensas e, em alguns casos, afetar a capacidade do útero de sustentar uma gravidez.

É fundamental que qualquer mulher que experimente dores pélvicas crônicas ou cólicas persistentes busque orientação médica para determinar a causa subjacente. 

O tratamento oportuno dessas condições pode ajudar a evitar complicações futuras, incluindo a infertilidade.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

candidíase

Candidíase: Por que ela sempre volta?

Se tem uma coisa que incomoda, é a candidíase, não é mesmo?!

A recorrência da candidíase é uma preocupação comum para mulheres que sofrem dessa infecção fúngica.

Ela é caracterizada recorrente quando acontece 4 vezes ou mais por ano.

E existem algumas razões pelas quais a candidíase pode retornar ou persistir, como:

Resistência ao tratamento

Em alguns casos, o fungo Candida pode desenvolver resistência aos medicamentos antifúngicos usados ​​no tratamento e isso pode ocorrer se o tratamento não for concluído corretamente ou se o medicamento não for eficaz contra a cepa específica presente na infecção.

Recorrência de fatores

Alguns fatores podem facilitar que a candidíase persista ou retorne, mesmo após o tratamento adequado. Por exemplo, o uso prolongado de antibióticos, alterações hormonais recorrentes, alimentação rica em açúcares ou problemas de saúde subjacentes, como diabetes mal controlada.

Desequilíbrio na flora vaginal

Alterações no equilíbrio da flora vaginal, como o uso excessivo de produtos de higiene íntima, duchas vaginais ou exposição a substâncias irritantes, podem permitir que o fungo se multiplique e cause a recorrência da candidíase.

Se a candidíase voltar ou persistir com frequência, é recomendável retornar ao ginecologista para uma avaliação mais aprofundada e investigação de possíveis fatores subjacentes que podem estar influenciando a recorrência da infecção.

Cada caso é um caso e precisa de tratamento individualizado, tá bem?!

Leia mais sobre Lubrificante íntimo!

Dra. Rafaela Mezzomo
Ginecologista | Obstetra
CRM 41 168 | RQE 37 207 RS

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Lubrificante íntimo: Usar ou não?

A mulher produz uma lubrificação natural durante a excitação sexual, mas em alguns momentos da vida essa produção pode ficar diminuída.

Os lubrificantes têm a função de tornar a relação sexual mais prazerosa, a penetração facilitada e reduzir qualquer atrito ou irritação.

Ou seja, o uso de lubrificantes é extremamente válido até recomendado em alguns casos.

Quais as causas da “secura vaginal”?

🔸Amamentação
🔸Período pós-parto
🔸Tratamento contra cânceres no sistema reprodutor feminino
🔸Distúrbios imunológicos
🔸Uso de medicamentos que afetam o nível de estrogênio
🔸Menopausa
🔸Perimenopausa
🔸Uso de medicamentos para alergia

Ou seja, a secura vaginal é bastante comum, tem origens diversas e não há mal algum em passar por ela. Não há motivos para se envergonhar.

O importante é descobrir a causa da falta de lubrificação. Se você tem dúvidas ou precisa de alguma orientação, converse com sua ginecologista, tá bem?!

Dra. Rafaela Mezzomo
Ginecologista | Obstetra
CRM 41 168 | RQE 37 207 RS

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)

Endometriose: Quando desconfiar que tenho?

A endometriose é uma condição em que o tecido que normalmente reveste o interior do útero começa a crescer fora do útero, em outras áreas do corpo, como os ovários, trompas de Falópio e região pélvica. 

Embora a causa exata da endometriose ainda seja desconhecida, acredite-se que fatores genéticos e hormonais podem desempenhar um papel importante. 

Ela é mais comum em mulheres na idade reprodutiva, e dor associada à condição pode ser intensa e incapacitante.

Quais os sintomas mais comuns?
  • Dor pélvica crônica, especialmente durante o período menstrual ou durante a relação sexual;
  • Sangramento menstrual anormal, como sangramento intenso ou sangramento entre os períodos menstruais;
  • Infertilidade ou dificuldade em engravidar;
  • Fadiga crônica;
  • Dor ao urinar ou evacuar, especialmente durante o período menstrual;
  • Inchaço e desconforto abdominal;
  • Diarreia ou constipação durante o período menstrual.

É importante lembrar que muitas mulheres com endometriose não apresentam sintomas, e a condição pode ser descoberta apenas durante exames de rotina ou de infertilidade. 

O diagnóstico da endometriose pode ser um desafio, já que os sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições ginecológicas. 

O diagnóstico geralmente envolve um exame físico, exames de imagem como ultrassonografia com preparo intestinal e, em alguns casos, uma laparoscopia diagnóstica.

Tem tratamento?

Embora a endometriose seja uma condição crônica e incurável, existem opções de tratamento disponíveis que podem ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das mulheres diagnosticadas pela condição. 

As opções de tratamento incluem medicamentos para aliviar a dor e suprimir a produção de hormônios femininos, métodos contraceptivos que suspendam a menstruação, cirurgia para remover os crescimentos endometriais e tratamentos de fertilidade para mulheres com dificuldade em engravidar.

Em conclusão, a endometriose é uma condição ginecológica comum que pode afetar significativamente a qualidade de vida das mulheres submetidas à condição. 

Por isso, é importante que as mulheres que apresentem sintomas de endometriose conversem com um ginecologista para obter um diagnóstico e tratamento adequado. 

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