Durante a gestação, o corpo da mulher passa por diversas mudanças fisiológicas e hormonais que podem causar uma série de sintomas.
O que é comum acontecer na gestação?
Náuseas e Vômitos (Enjoo Matinal)
- Por que acontece: Acredita-se que os altos níveis do hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana) durante o primeiro trimestre da gravidez são os principais responsáveis pelos enjôos matinais. Além disso, o aumento dos níveis de estrogênio e progesterona também contribui para a sensação de náusea.
Cansaço e Fadiga
- Por que acontece: O aumento dos níveis de progesterona tem um efeito sedativo, e o corpo da mulher está trabalhando mais para sustentar o crescimento do bebê, o que requer mais energia. Além disso, a produção adicional de sangue e a necessidade de oxigênio aumentada também contribuem para a sensação de cansaço.
Mudanças no Apetite e Desejos Alimentares
- Por que acontece: As alterações hormonais podem influenciar os sentidos de paladar e olfato, levando a desejos alimentares específicos ou aversões a certos alimentos. O corpo também pode estar sinalizando uma necessidade aumentada de certos nutrientes.
O que não é comum acontecer na gestação e que merece atenção?
Sangramentos Abundantes
- Por que não é comum: Embora um leve sangramento ou “spotting” possa ocorrer, sangramentos abundantes podem ser um sinal de complicações graves, como descolamento prematuro da placenta ou uma gravidez ectópica. Sangramentos significativos devem ser avaliados imediatamente por um profissional de saúde.
Dores Intensas e Persistentes no Abdômen
- Por que não é comum: Algumas dores e desconfortos leves são normais devido ao estiramento dos ligamentos e músculos à medida que o útero cresce. No entanto, dores intensas e persistentes podem indicar problemas sérios, como pré-eclâmpsia, trabalho de parto prematuro ou problemas placentários, exigindo atenção médica imediata.
Perda de Líquido Amniótico Antes das 37 Semanas
- Por que não é comum: A ruptura prematura das membranas (RPM) pode levar à perda de líquido amniótico antes do termo (37 semanas), o que pode aumentar o risco de infecções e complicações para o bebê. Normalmente, a bolsa amniótica deve se romper apenas no final da gestação ou durante o trabalho de parto.
Essas situações destacam a importância do acompanhamento médico regular durante a gravidez para monitorar a saúde da mãe e do bebê, garantindo uma gestação saudável e a identificação precoce de qualquer problema potencial.
Dra. Rafaela Mezzomo
Ginecologista | Obstetra
CRM 41 168 | RQE 37 207 RS
(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)