Aleitamento materno e o câncer de mama

A amamentação é frequentemente celebrada por seus inúmeros benefícios para o bebê, mas você sabia que ela também oferece proteção significativa para as mães contra o câncer de mama? 

Pesquisas recentes destacam que mulheres que amamentam têm um risco reduzido de desenvolver essa doença ao longo da vida.

O que a ciência diz?

De acordo com um estudo publicado em 2023 pela American Cancer Society, amamentar por pelo menos seis meses pode diminuir o risco de câncer de mama em até 20%. Esta proteção aumenta com a duração da amamentação. 

O World Cancer Research Fund International também apoia essa afirmação, observando que a amamentação reduz os níveis de estrogênio no corpo da mulher, um hormônio que, quando em excesso, está associado a um aumento no risco de câncer de mama.

Além disso, a amamentação promove a renovação das células mamárias, contribuindo para a remoção de células com danos no DNA que poderiam levar ao desenvolvimento de tumores. 

Outro estudo, publicado no Journal of Clinical Oncology em 2024, mostrou que mulheres que amamentaram têm menor risco de desenvolver câncer de mama do tipo triplo-negativo, uma forma agressiva e difícil de tratar da doença.

Como a amamentação oferece proteção?

  1. Alterações Hormonais: Durante a amamentação, o corpo da mulher produz menos estrogênio, hormônio ligado ao crescimento de alguns tipos de câncer de mama.
  2. Desprendimento Celular: A renovação das células mamárias durante a lactação pode ajudar a eliminar células potencialmente cancerígenas.
  3. Mudanças no Tecido Mamário: A amamentação altera a estrutura das células mamárias, tornando-as mais resistentes a mutações que podem levar ao câncer.
  4. Estilo de Vida Saudável: Mulheres que amamentam tendem a adotar hábitos de vida mais saudáveis, como uma dieta equilibrada e controle de peso, que também são fatores de proteção contra o câncer.

Importância para a Saúde Pública

Promover a amamentação não só é vital para a saúde das crianças, mas também para a saúde das mulheres. Instituições de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil, incentivam a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida do bebê e sua continuidade, juntamente com alimentos complementares, até os dois anos ou mais.

A amamentação, além de ser uma escolha natural e nutriente para o bebê, se apresenta como uma aliada poderosa na prevenção do câncer de mama, reforçando a importância de apoiar as mães em sua jornada de amamentação. 

Portanto, o aleitamento materno deve ser incentivado não apenas pelos seus benefícios imediatos, mas também pelas suas vantagens a longo prazo para a saúde da mulher.

(O conteúdo e as informações deste post têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)


Referências:

  1. American Cancer Society (2023). Breastfeeding and Breast Cancer Risk.
  2. World Cancer Research Fund International. Breastfeeding and cancer risk.
  3. Journal of Clinical Oncology (2024). The Impact of Breastfeeding on Triple-Negative Breast Cancer.

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